terça-feira, 8 de dezembro de 2015

#Prayfortheworld

A paz precária que há tanto tempo falo já acabou. Começou a contagem decrescente para a guerra. Após o infame e vil ataque a Paris estão reunidas as condições para o deflagrar uma guerra sem campos de batalha. Um massacre de inocentes não pode passar impune. Contudo penso que, infelizmente, as maiores baixas serão sempre desses inocentes que apenas querem viver em sossego, sem sobressaltos e sem medo. Não tenho por hábito criticar ou condenar as escolhas e gostos de cada mas foda-se isto é demais. Não podemos condenar ninguém à morte só porque não partilha das nossas crenças. Se existe um Deus tão grande deixem que seja ele a decidir quem será castigado e quando o será. 
Repudio também desde já qualquer associação xenófoba que se possa fazer. Não se pode culpar todo o Islão ou todos os refugiados por estes actos atrozes. Isto é obra de um bando de fanáticos ignorantes, da estupidez e malvadez e de mentes perversas e tacanhas. Não digo que no meio de inocentes venha muita merda para espalhar o pânico. Mas é como em qualquer raça ou nacionalidade: existe o bem e o mal. 
Como conclusão: bem sei que estamos todos em risco mas recuso-me a ficar calado. Lutarei pacificamente pelos valores em que acredito. 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Novo despertar

É um dia como qualquer outro. Queria dizer-vos estimados leitores que tomei uma decisão deveras importante. Chegou a altura deste blog que já tem uns quantos anos se renovar e ter mais conteúdo. Bem sei que já no passado dei este passo mas infelizmente as coisas não correram como eu esperava e essa "revolução" acabou por se apagar. Mas para mim é altura de correr riscos. Confesso que pode ser um passo em falso e arriscar-me a perder alguns leitores que conquistei devido a uma identidade literária muito própria e sempre dentro do mesmo conceito. Enquanto amador na escrita já não me sinto totalmente completo com aquilo que já desenvolvi. Claro que não vou fugir de todo à minha zona de conforto e prometo-vos algumas coisas bem interessantes nesse capítulo. Gostava imenso de poder contar com a vossa colaboração e com a vossa leitura atenta. Se possível gostaria também que de quando em vez partilhassem comigo um feedback sobre toda esta "mudança". E já agora um desabafo. Nenhum escritor vive sem leitores por isso mesmo este blog é para vocês. 

P.S.: O meu muito obrigado a todos os que estão comigo desde o início e a todos os outros que se foram juntando e que me têm transmitido palavras de apoio e incentivo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Pensamento

Caminho com o pensamento ocupado só por mim. Numa espécie de solidão sombria caminho debaixo de sol, subjugado ao olhar indiferente de quem passa, ao desdém de quem vive num mundo de máscaras e capas. Penso em mim num egoísmo puro apenas ao alcance de almas atormentadas pelo vento devastador do pensar. É absurdo percorrer as ruas tão solitariamente e fingir que a companhia são aquelas vozes que ouço sempre ecoar bem no meu consciente. Tenho pressa de chegar a casa, encontrar no conforto do sofá um relaxante momento de paz. Mas paz no fundo é uma ausência de sentir e isso eu não quero. Quero algo que me agite, que me leve a sair do habitáculo do pensamento e viver fora dele. "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso tenho em mim todos os sonhos do mundo". Não quero ser mais que este nada onde me habito. Sonhar? Eu sonho mas apenas com aquilo que a vista alcança e que o coração deseja. Sonhar dormindo? Não. A vida é tão bela quando se está acordado. Ainda assim é só bela no meu pensamento e por isso não sairei dele. Serei sempre um habitante da minha memória. 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Pensar o Mundo

Para começar devo dizer que este é um texto de opinião ponderada e que se tenta abster de todo e qualquer burburinho de fundo. Aqui quero falar do nosso mundo e a forma como temos de o encarar. Ultimamente temos assistido a vários acontecimentos que podem marcar um futuro relativamente próximo (as mortes dos cartoonistas do Charlie Hebdo, a "invasão" da Ucrânia por parte dos russos...). Não vou aqui escolher lados pois não é esse o grande objectivo deste texto. É sim alertar para este clima de paz precária que subitamente parece estar a crescer. A diplomacia não está a prevalecer e quando extremos se tocam toda a razão é posta de parte. Temo sinceramente que possam ocorrer alguns conflitos bélicos devido a uma falta de bom senso geral. A necessidade indomável que o Homem tem de guerra é preocupante. Para além do mais existem muitos interesses ocultos e misteriosos. Não só nos casos anteriormente referidos como também nos casos das crises económicas. É importante que nós pensemos nisto. Estamos ainda longe de uma guerra mas convém irmo-nos preparando porque se ela explode as consequências podem ser desastrosas. Juntos podemos mais. 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Casa

"Welcome" diz o tapete à porta. Sejam convidados desta humilde casa. Peço-vos apenas o favor de se descalçarem e terem uma postura cívica pois nesta casa eu não admito manchas. Quero que tudo esteja limpo e brilhante como sempre esteve. Vou ser o vosso guia nesta casa tão única e tão original que vos fará sentir como habitantes dela. 
Ao transporem a porta deparam-se com um hall semi-vazio e com uns escassos convidados esperando o seu lugar. Neste caso até são convidadas. Há quem lhes chame memórias, outros recordações e outros ainda lembrança. Este pequeno hall dá para duas portas. Uma delas não convém abrir, guardo só para mim pois sinto-me forte para não partilhar esse sofrimento. A outra meus caros, tem luxo, alegria, felicidade, sorrisos, abraços misturados com jantares, cervejas, comédia e diversão. Acendo a lareira do meu olhar para com a minha vos mostrar o quão especial é essa sala onde moram memórias de pessoas e acontecimentos fantásticos. Gosto de abrir essa sala para vós, deixá-la arejada e renovada. Esta visita não começa nem acaba. Vai sendo alterada ao longo do caminho. E devo agradecer a todos vós, convidados e habitantes por encherem esta sala. E juntos vamos lutar para tornar-lá cada vez maior e que no fim, quando nada mais couber, possamos dizer todos que esta pequena visita/viagem foi fabulosa.