sábado, 13 de fevereiro de 2016

Poesia Apaixonada

Ainda me lembro da primeira vez que me apaixonei. Não era amor como vim a descobrir uns anos mais tarde. Era apenas uma sensação de desejo, um admirar a beleza de alguém imperfeito mas tão à minha medida. Cabelo dourado, a brilhar como ouro ao sol. Uns olhos verdes deslumbrantes e um sorriso encantador. Bem que me diziam alguns amigos: "Mano, aquilo não é para ti". E nunca foi. Na verdade acho que ainda bem. Claro que não acredito no destino mas que há coisas estranhas disso não tenho dúvida. Já passaram quase dez anos e ainda recordo esse tempo em que deixei que a paixão se apodera-se de mim. Por essa altura fingia ser poeta. Continuo sem o ser mas faço da minha vida a mais bela poesia que alguma vez se escreveu.