Tenho redes sociais? Sim. É, para mim, um local de partilha de momentos, pensamentos, ideias, estados de espírito e representa também o reviver de momentos e amizades. Contudo, tenho-as usado para fazer uma análise sociológica. E não podia estar mais desapontado. Bem sei que vivemos num tempo em que impera ou o policamente correcto ou a fanfarronice. Qualquer uma delas me irrita profundamente. A primeira porque acho que virou moda e parece que todas as pessoas viraram rebanho e seguem o mesmo caminho. Deixou de existir o pensamento próprio. Deixou-se de defender ideias e ideais em que acreditamos apenas para parecer bem. Existe uma incapacidade de formar opinião. E, quando esta se forma, somos submetidos a todo o tipo de insultos que começam de forma absolutamente gratuita. E temos também o segundo caso (o da fanfarronice) que é em geral conduzido por um sentimento de supeoridade hipócrita. E só é hipócrita porque só existe no anonimato de um teclado. Num caso ou noutro, ter opinião própria e politicamente incorrecta é comparável a ser um marginal, um louco inadaptado a uma sociedade de ovelhas. Parafraseando: "o foda é ser bode num mundo de ovelhas". Ou, como eu digo, ser pessoa na multidão. Pouco me importa ser maluco ou inadaptado porque não alimento ódios, cultivo o respeito. Não vendo simpatia, ofereço-a. Não pretendo likes nem reconhecimento, quero apenas ser o bom rebelde. Viver à margem mas integrado no mar que somos todos nós. Eu sei que a minha alegria faz confusão, que o meu humor negro choca, que a minha simpatia é anormal, que o meu carpe diem é condenável, mas, a minha felicidade depende de mim e não do que pensam de mim.