segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bloqueio

Não consigo escrever. Tento, tento mas não sai nada. Creio que será uma espécie de bloqueio sentimental e intelectual que não me permite sequer iniciar um pequeno texto. Portanto, e em resultado deste pequeno problema, queria pedir a coloboração de todos vós, leitores deste blog para que me ajudassem. É muito simples. Basta que me mandem desafios, sugestões, temas que queiram que eu aborde... Quem quiser poderá realizar uma pequena entrevista com perguntas variadas a que eu responderei e publicarei neste espaço. Como comuniquei anteriormente, este blog iria sofrer uma mudança. Agora, eu peço-vos a todos vocês que contríbuam para que a mudança e renovação deste blog continue em força. Desde já um muito obrigado a todos vós.

Aqui ficam alguns contactos para onde podem enviar o que entederem. Se tiverem algum que não esteja aqui mencionado poderam também utilizar esse.

E-mail: j.tiagobatista@hotmail.com
Facebook: http://www.facebook.com/update_security_info.php?wizard=1#!/profile.php?id=100000275781299

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Um Passo do Céu!




À memória de Kurt Cobain (1967-1994)

BANG! A arma disparou. Um tiro de misericórdia pessoal. O homem de 27 anos sentiu o frio do metal nas mãos. Sabia que era o fim, acabavam-se as músicas, acabavam-se os álbuns, acabavam-se os palcos, acabava-se a dor... Depois de ter escrito a sua carta de despedida dirijida ao seu amigo imaginário Boddah, encostou o cano da arma ao queixo e premiu o gatilho. E tudo se acabou. Depois do tiro sentiu o gelo percorrer-lhe o corpo. Pensou uma última vez na mulher e na filha. Podia partir em paz. E assim tocou o céu que, desde então, nunca mais foi o mesmo.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Uma carta para minha avó

Querida avó:
Espero que esteja tudo bem contigo nesse assento divino onde estás. Provavelmente esta carta nunca te encontrará. Mas não te preocupes que daqui a muitos anos dir-te-ei estas mesmas palavras. Quero que saibas que tenho saudades tuas. Tenho saudades de chegar a casa e ver-te sentada no canto junto á televisão, saudades de conversar contigo sobre tudo e nada em particular, saudades de ouvir as tuas histórias de pessoas antigas, saudades de ouvir as tuas gargalhadas quando se contava uma piada, saudades de todas as horas que passávamos juntos em dias de chuva e vento... Desde que partiste ficou um vazio que dificilmente será preenchido, mas o sofrimento em que estavas era demasiado cruel para qualquer ser humano. Se havia pessoa que não merecia sofrer tanto, essa pessoa eras tu. Não eras perfeita, nem o ambicionavas mas o teu coração era de uma bondade tremenda. Espero que todo esse sofrimento tenha passado e que estejas em paz. Quero também que saibas que nunca esquecerei as palavras que me disseste quando a tua situação se agravou e tiveste que ir para o hospital. "Adeus, filhinho, estuda para ser um grande homem e ajuda a tua mãe que eu já não volto a esta casa". E, infelizmente, não voltaste mesmo. Parece que quando saíste já sabias o que o destino te reservava. Neste momento, as lágrimas já me cobrem o rosto. Talvez seja da saudade, talvez seja da emoção ou talvez seja uma mistura de tudo. Por agora acho que nada mais tenho a acrescentar. Esta deverá ser a última carta que te escrevo mas nunca me esquecerei de ti, minha querida avó. Espero, um dia, voltar a ver-te.

Do teu neto,
João Batista