terça-feira, 15 de abril de 2014

Perdido

Só o fogo no meu coração nunca se apagará. Tudo o resto será passageiro. Assim como a memória que agora me conquista a mente. Apetecia-me entrar na máquina do tempo e voltar lá, sentir tudo outra vez, olhar para o que me rodeava, cheirar o teu perfume e ficar bloqueado pela tua imagem. Sentado neste sofá posso apenas lembrar-me de como foi. Mas eu queria tanto viver esse momento. Torná-lo tão real como ele é agora na minha cabeça perturbada. Queria tocar-te e ver-te arrepiar. Queria sentir que uma bomba me explodia no peito e me sufocava na garganta. Queria tanta coisa mas nenhuma é tão confortável como ficar aqui sentado mirando as paredes nuas. Poderia levantar-me e correr ao teu encontro. Iria pedir-te para recriarmos aquele momento. Mas nada é como foi. Não seria espontâneo, deixaria de ter significado e então nem como memória seria real.

Sem comentários:

Enviar um comentário