Não tenho vergonha de chorar. Vivo nesta opressão de te amar, nesta ânsia de te ter aqui comigo. Enrugo uma cama demasiado espaçosa para conter apenas o meu corpo inerte. Falta o teu cheiro nestes lençóis, falta o teu calor para que eu possa abolir a presença do cobertor, falta a tua cabeça pousada no meu ombro a dormir de forma despreocupada. Choro por essa falta que me fazes nestas madrugadas em que sou assaltado por essa malvada insónia. Poderia apaziguar este ardor permanente nos olhos, poderia repousar sem ser sugado pelo pesadelo de não estares aqui. Chega esta altura em que penso livrar-me desta chaga e ser feliz, adormecendo no teu esquecimento. É tempo de me libertar destas algemas em que me colocas com palavras doces, com promessas vãs, com abraços e beijos fingidos. Digo sempre que quero ser livre mas não me canso deste aprisionamento, pois é contigo que eu sonho, é contigo que me sinto bem, é contigo que me sinto verdadeiramente completo. Mas tu insistes em ser o meu carrasco, a fonte desse sofrimento agridoce, a deusa do meu tormento. Talvez um dia sejamos dois corpos e uma alma. Um dia. Talvez um dia."Escrever faz-me voar nas asas do coração, mergulhar num mar de paixão e padecer numa tempestade de amor"
domingo, 19 de outubro de 2014
Insónia #2
Não tenho vergonha de chorar. Vivo nesta opressão de te amar, nesta ânsia de te ter aqui comigo. Enrugo uma cama demasiado espaçosa para conter apenas o meu corpo inerte. Falta o teu cheiro nestes lençóis, falta o teu calor para que eu possa abolir a presença do cobertor, falta a tua cabeça pousada no meu ombro a dormir de forma despreocupada. Choro por essa falta que me fazes nestas madrugadas em que sou assaltado por essa malvada insónia. Poderia apaziguar este ardor permanente nos olhos, poderia repousar sem ser sugado pelo pesadelo de não estares aqui. Chega esta altura em que penso livrar-me desta chaga e ser feliz, adormecendo no teu esquecimento. É tempo de me libertar destas algemas em que me colocas com palavras doces, com promessas vãs, com abraços e beijos fingidos. Digo sempre que quero ser livre mas não me canso deste aprisionamento, pois é contigo que eu sonho, é contigo que me sinto bem, é contigo que me sinto verdadeiramente completo. Mas tu insistes em ser o meu carrasco, a fonte desse sofrimento agridoce, a deusa do meu tormento. Talvez um dia sejamos dois corpos e uma alma. Um dia. Talvez um dia.
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Lindooo João, adorei.. continua assim!! :)
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