Silêncio profundo. Ouve-se por entre este silêncio o sussurrar da Natureza. O escuro cobre tudo o que existe em volta. Uivos de lobos famintos ecoam nos ouvidos já ambientados ao sossego da Natureza. O que faz um homem ter vontade de voltar ao seu estado selvagem, estar solitário sem qualquer conexão com o mundo citadino? Estar assim, entre florestas densas e animais selvagens, revela ao homem novos mundos. Por vezes, a melhor forma de encontrar alguém é estando sozinho. Estamos a descobrir-nos a nós mesmos. Citando Thoreau: “Fui para os bosques para viver livremente. / Queria viver plenamente e sugar o tutano da vida! / Para aniquilar tudo o que não era vida / E para, quando morrer, não descobrir que não vivi.”. No contacto com o natural e à medida que se afasta do mundo urbano, o homem começa a sentir-se pleno, completo e a ser mais ele próprio. Ao início, a comunicação não é fácil. Na Natureza a nossa linguagem é completamente inútil. A língua passa a ser muda e feita apenas de observação. Paisagens tão belas como a mulher mais bela penetram na íris ocular provocando um efeito fascinante. E o lobo aproxima-se. O homem começa a ouvi-lo uivar e olha-o amistosamente. O lobo vê então no homem um selvagem como ele mas que vive sem problemas, sem pensar num mundo onde o dinheiro é a maior riqueza e onde existem animais mais ferozes que ele próprio. Pergunta o lobo: “Que estará aqui a fazer este homem?”. Não sabe, mas vai descobrir. O homem fugiu duma prisão sem correntes nem gradeados mas de liberdade limitada. Agora é livre, completamente livre…
"Escrever faz-me voar nas asas do coração, mergulhar num mar de paixão e padecer numa tempestade de amor"
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Danças com Lobos
Silêncio profundo. Ouve-se por entre este silêncio o sussurrar da Natureza. O escuro cobre tudo o que existe em volta. Uivos de lobos famintos ecoam nos ouvidos já ambientados ao sossego da Natureza. O que faz um homem ter vontade de voltar ao seu estado selvagem, estar solitário sem qualquer conexão com o mundo citadino? Estar assim, entre florestas densas e animais selvagens, revela ao homem novos mundos. Por vezes, a melhor forma de encontrar alguém é estando sozinho. Estamos a descobrir-nos a nós mesmos. Citando Thoreau: “Fui para os bosques para viver livremente. / Queria viver plenamente e sugar o tutano da vida! / Para aniquilar tudo o que não era vida / E para, quando morrer, não descobrir que não vivi.”. No contacto com o natural e à medida que se afasta do mundo urbano, o homem começa a sentir-se pleno, completo e a ser mais ele próprio. Ao início, a comunicação não é fácil. Na Natureza a nossa linguagem é completamente inútil. A língua passa a ser muda e feita apenas de observação. Paisagens tão belas como a mulher mais bela penetram na íris ocular provocando um efeito fascinante. E o lobo aproxima-se. O homem começa a ouvi-lo uivar e olha-o amistosamente. O lobo vê então no homem um selvagem como ele mas que vive sem problemas, sem pensar num mundo onde o dinheiro é a maior riqueza e onde existem animais mais ferozes que ele próprio. Pergunta o lobo: “Que estará aqui a fazer este homem?”. Não sabe, mas vai descobrir. O homem fugiu duma prisão sem correntes nem gradeados mas de liberdade limitada. Agora é livre, completamente livre…
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man amo lobos <3
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