Nada nos mata como a saudade. Sinto-me completo e ainda assim vazio. Falta-me aquele lugar tranquilo, pacífico e belo. Falta-me a ligeira azáfama do galo que canta impaciente assim que amanhece. Falta-me o calor tórrido do Verão e o frio congelante do Inverno. Falta-me um pedaço de mim: a minha aldeia. Poucas pessoas se podem orgulhar de ter crescido no Céu. Eu tive essa felicidade. E sinto hoje uma tremenda saudade daquilo que lá deixei: uma casa, a família e aquele sossego que me abandonou. Estou hoje aqui sem poder guardar o meu rebanho, sem ter ar puro que me permita pensar livremente. Estou hoje aqui numa prisão sem grades nem correntes. E o Céu lá tão longe. A alegria de cada viagem até lá é inenarrável. A liberdade que nos preenche cada célula do corpo, a certeza de uma felicidade tão imaculada. Para esse Céu tão apartado eu só tenho um nome: casa."Escrever faz-me voar nas asas do coração, mergulhar num mar de paixão e padecer numa tempestade de amor"
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
E o Céu lá tão longe!
Nada nos mata como a saudade. Sinto-me completo e ainda assim vazio. Falta-me aquele lugar tranquilo, pacífico e belo. Falta-me a ligeira azáfama do galo que canta impaciente assim que amanhece. Falta-me o calor tórrido do Verão e o frio congelante do Inverno. Falta-me um pedaço de mim: a minha aldeia. Poucas pessoas se podem orgulhar de ter crescido no Céu. Eu tive essa felicidade. E sinto hoje uma tremenda saudade daquilo que lá deixei: uma casa, a família e aquele sossego que me abandonou. Estou hoje aqui sem poder guardar o meu rebanho, sem ter ar puro que me permita pensar livremente. Estou hoje aqui numa prisão sem grades nem correntes. E o Céu lá tão longe. A alegria de cada viagem até lá é inenarrável. A liberdade que nos preenche cada célula do corpo, a certeza de uma felicidade tão imaculada. Para esse Céu tão apartado eu só tenho um nome: casa.
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Amigo, é a primeira vez que escrevo aqui no teu blog e já guardo saudades dos nossos bons velhos tempos! Descreveste a tua aldeia como um local inatingível e como algo que a maioria dos mortais quer alcançar após a sua passagem por cá, o céu. Só quem vive/viveu numa aldeia, a pode descrever dessa forma como tu o fizeste. Sente-se isso vivendo num aldeia: a Serenidade, a paz, o sossego, os "barulhos" animais, e tanto mais... que por vezes até é inexplicável. Orgulha-te do facto de um dia te teres "mudado" para que a tua vida melhora-se e para que conseguisses seguir em frente neste longo caminho e assim conseguir vencer barreiras e superares obstáculos. Apesar da distância, nada esqueces, e o sentimento, que é tão Português que nenhuma outra língua o consegue descrever da mesma forma, com uma palavra que signifique exactamente o mesmo, aquilo a que chamamos de Saudade, ajudar-te-á a viver cada dia melhor e com mais força, dando abertura a pensares que foi o melhor que te podia ter acontecido naquele momento. E pensa sempre que, a tua aldeia, a que chamas "casa", estará sempre de braços abertos para te receber em conjunto com aqueles que mais adoras. Um abraço. Rogério Amorim
ResponderEliminarMuito obrigado pelas tuas palavras de apoio amigo. Só pessoas como tu e eu podemos entender o quão especial são esses cantinhos do céu espalhados por aí.
EliminarUm grande abraço.